Quando alguém conhece de fato a
Jesus Cristo, e quando falo isso0 não digo apenas um coração emocionado, uma
lagrima vertida, uma emoção incontida. Trato de um coração transformado em sua
cosmovisão, eu via o mundo assim, agora vejo-o dessa forma algo como, minha visão
ia no limite de meu nariz, agora se estende onde Deus me levar... Meus valores
eram esses, agora eu declaro que meus valores são outros, bem diferentes e bem
centrados nas Palavras de Jesus em sua totalidade e não apenas em trechos convenientes
que justifiquem atitudes e posicionamentos. A isso chamo de conversão genuína.
Ao longo de minha experiência
cristã que completa dia 21 desse mês alguns 31 anos, tenho visto muitas
conversões desse tipo e meu coração se alegra por, em diferentes etapas de
minha caminhada, como jovem, líder de jovens, pastor de jovens, pastor auxiliar
e Reitor ou seja pastor efetivo e fundador de uma comunidade nos últimos 15
anos ter podido investir em inúmeras
vidas e ver o que Deus fez e tem feito usando essas vidas no Seu grande plano
de transformação da sociedade. No entanto não me conformo com tantas vidas que vi serem tão atuantes estarem hoje tão inertes. Onde foi parar aquela paixão?
Mas, sinceramente sou um
inquieto, entendo que dentro do universo daqueles que sinceramente se convertem
a Cristo existirá sempre aqueles que levantarão a bandeira e irão adiante como
parte desse “exército”, que não medirão esforços, que trabalharão
sacrificialmente pela expansão do Reino. Existirão também aqueles que levantarão a bandeira, mas ficarão
em seus lugares, usando seus talentos dentro de suas possibilidades além daqueles
que discretamente levantarão a bandeira a meio mastro e eventualmente
manifestarão a sua posição, sem falar daqueles que durante algum tempo foram
ativos colaboradores do Reino , mas que em algum momento voltaram-se para seus
mundos pessoais e hoje, tem suas vidas equilibradas, famílias bem estabelecidas,
vidas profissionais exuberantes, mas que de forma alguma a expansão do Reino de
Deus lhes queima as pestanas, lhes traz preocupação. Vivem bem abastecidos das
mensagens em suas igrejas, conhecem os valores do Reino, vivem de acordo com
eles na maioria das vezes, mas quando se fala em envolvimento e espirito de conquista, a correria, a
ausência de tempo etc. são empecilhos a qualquer possível participação. Perderam
o gosto pela causa, mas vivem dentro do Reino, creem firmemente, mas a paixão, aquela
um dia vivida, essa se foi, deu lugar a uma crença inequívoca mas associada a
uma acomodação indiscutível.
Não tenho ilusão de que será
diferente, sempre haverá esse tipo de diferença entre posturas, comportamentos
e atuações. Mas se existe algo que me inquieta é ver um talento adormecido, um
dom congelado um navio no porto, um cristão inerte, um espaço a ser preenchido, enxergar as peças chaves e não poder contar com elas, ha sim, isso inquieta meu coração. O Amor de Deus me constrange a sair, o presente de Deus que recebi em Jesus Cristo me deixa inquieto em estar apenas vivendo, mas sem fazer qualquer diferença significativa para que a oPalno de Deus seja levado a cabo.
Não, não fomos criados e
transformados para nos limitarmos a uma vida equilibrada, como diz um pastor
amigo meu, “o evangelho acomoda os atribulados e incomoda os acomodados” assim
creio e o que me consola é que o Poder de Deus em algum momento pode trazer de
volta esse elo perdido que conecta todos nós ao coração missionário de Deus e nos
faz Irmos por todo mundo e levarmos as boas novas de Jesus Cristo.
Um dia estaremos diante de Deus
e uma pergunta nos será feita: “ O que você fez com Cristo?” a resposta a essa
pergunta é o que deve direcionar as nossas vidas. Que diferença fez e faz
Cristo em minha vida e que diferença eu fiz e faço para Cristo.
3 comentários:
♥ Antes de expressar minha opinião quero lhe lembrar quem sou, pois isso fará diferença. Eu sou uma irmãzinha do grupo de oração da IPC que um dia no Congresso do Pastor Roberto Botrel foi conversar com o Senhor e com ele a respeito de não ter uma igreja com 3000 pessoas, e não sei quantas celulas, mas sim, 300 igrejas espalhadas.
Bom, Eu até aquele dia do congresso passei um ano totalmente parada. Nesse meus poucos anos no SENHOR (11), foi a primeira vez que fiquei totalmente no banco. Não mexi um dedo na obra, mas apenas... chorava. Queria voltar a obra, ao ministério, mas não conseguia. Parecia que sempre que tentava ia em direção a uma faca. Medo, muitas feridas abertas,... Uma vez no gabinete com o Pastor Halley aos prantos dizia eu: "Eu sei que estou errada, eu sei que essa Nayara que estou sendo não é a Nayara que Deus quer, não foi para isso que Deus me criou, para olhar apenas para o meu umbigo..." e chorava. Passei um ano assim, pedindo a Deus que me restaurasse, e ELE o fez naquela congresso.
Pastor há mesmo pessoas do jeitinho que o senhor falou, isso INFELIZMENTE, mas há pessoas que ocmo eu precisavam de ir para o rio, tomar água,comer carne e dormir. Como pastor Halley falou: "querida esse é o seu tempo, o tempo de parar...".
Mas uma coisa eu sei e creio firmemente: "quem tem Cristo no coração tem uma INQUIETAÇÃO por salvar almas, pela obra do Reino do Senhor Jesus. Não adianta forçar os que estão colados no banquinho. Apenas orar e esperar que essa santa e maravilhosa inquietação (mesmo com lágrimas) um dia aconteça.
Um abração pastor da sua irmã na fé.
Excelente, pastor. Espero nunca perder a paixão pelas coisas de Deus, nunca me cansar ou me acomodar em buscar vidas pra Cristo, um forte abraço.
Tirou minhas palavras...! Muito sábio como sempre..!
Meu sentimento também se iguala a esta inquietação com os quietos!
é uma pena...saber que temos estaleiros que querem ficar ancorados!
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