Dependo de Ti
Marcos 10:1-16;2 Coríntios 2:14-3:6
No coração do homem, um grito. No coração de Deus a provisão
Stanley
Jones
Hoje, vou mais uma
vez lhe sugerir que comecemos a nossa meditação pelo texto da carta aos coríntios.
E ainda mais, iniciarei pelas ultimas frases, que correspondem aos versos 5 e 6
do capitulo terceiro. Estas são palavras inspiradoras. Particularmente, um dia,
quando decidi aceitar o chamado de Deus para seguir no ministério e me tornar
um pastor estas palavras foram decisivas para mim, minha melhor tentativa de argumentação
com Deus no sentido contrário ao seu chamado era de que eu não tinha a
capacidade de realizar aquilo para o que ele estava me chamando. O que Paulo
escreve vem confirmar isso, de fato nós, por nós mesmos, não temos essa capacidade, e ele afirma “ a nossa capacidade
vem de Deus” . Para tudo aquilo que Deus demanda de nós ele mesmo nos
capacitará, sempre. Já vimos nestes dias que até em nossas limitações em
resistir ao mal ele nos dá o escape, a saída, portanto se assim faz nesses
momentos assim fará nos momentos onde ele mesmo tem um propósito definido para
nossas vidas.
Dentro do contexto,
Paulo está dizendo aos coríntios, que o estavam rejeitando como apóstolo, e
dele demandavam uma carta de apresentação, que a carta dele era a vida de cada
um deles e a obra de Deus realizada através de seu ministério. Ele era ministro
ordenado pelo Espírito e não por letra, sabedoria ou homens. Isso mais uma vez
nos deixa a certeza de que naquilo que Deus demanda, ele comanda. Muito cedo,
em meus dilemas pessoais quanto a compreender o chamado, recebi um conselho de
um experiente pastor, hoje falecido. Ele me disse, quando Deus chama, Ele se
responsabiliza, quando alguém se chama, a responsabilidade é pessoal.
De alguma forma, eu e
você fomos chamados para sermos o aroma de Cristo em todo canto, em todas as
situações onde nos encontramos e em cada uma dessas situações devemos ter a
certeza de que Cristo estará sempre ao nosso lado, como ele mesmo prometeu, até
a consumação de todos os tempos. Tenha a certeza de que essa é a verdade, esse
é o fato, ele está aí com você nesse exato momento lhe sendo presença divina, inspiração
e força em cada situação. Talvez o meu chamado seja diferente do seu, muito
provavelmente isso é verdade no que diz respeito às particularidades de nossos
chamados, mas de forma comum somos chamados para testemunhar de Cristo e sermos
o seu aroma, sempre.
O evangelho vai
tratar de uma assunto que diz respeito ao casamento e o divórcio. A Lei dava o
direito ao marido se divorciar de sua mulher pelos motivos que ele considerasse
relevante e muitas vezes esses motivos eram banais. Isso se tornou um problema
sério pois a baliza da justiça humana, falha e extremamente limitada estava
mais uma vez sendo o prumo da retidão e, tanto eu quanto você sabemos que isso
nunca funciona, não temos tamanha capacidade, julgar não a nossa melhor atribuição,
tanto que Jesus nos alerta quanto a esse atributo “ não julgueis ...”
Jesus diz a eles que
Moisés escreveu aquilo por conta da dureza de nossos corações, exatamente pela
ausência dessa habilidade de julgar o que seja correto e pela nossa
impossibilidade de seguir com perfeição o projeto de Deus. Claro que o plano
perfeito de Deus para nossa vidas e o casamento como parte delas, é, e será
sempre uma relação permanente, estável e duradoura. No entanto, a dureza de
nossos corações em cumprir o projeto perfeito de Deus, as nossas muitas
limitações em seguir sua direção fazer
aquilo que ele mesmo deseja sempre, temos visto tem sido uma de nossas grandes
dificuldades. Sem entrar aqui nos meandros desse assunto, que não é um consenso
entre os cristãos e nem mesmo fora desse círculo, é importante observar que o
que se torna aqui muito importante é o que o apóstolo tenta dizer aos
coríntios, viver a vida, exercer ministério, desenvolver relacionamentos, deve
sempre e sempre ser algo dirigido pelo Espírito de Deus e nunca pelos nossos
próprios juízos, eles são sempre muito limitados.
Hoje receba essa
palavra como exortação dos céus, viva a sua vida na dependência do Espirito de
Deus, tome suas decisões sempre orientadas pela direção do Espírito,
somente assim nossos corações estarão “
amaciados”o suficiente para que a Graça seja suficiente como guia e a
severidade da Lei nunca se faça necessária.
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