sexta-feira, 22 de março de 2013

6a Feira 38o Dia de Escuta



Primeiro os que Servem 

    Marcos 10:32-45;2 Coríntios 4:1-12
E chegado o momento de substituir o ideal de sucesso pelo ideal de serviço

Albert Einstein

 

Não poucas vezes me deparo com situações no evangelho onde me pergunto até onde os primeiros discípulos de Jesus de fato estavam o seguindo por algum interesse privado, por ser uma novidade ou porque de fato estavam entendendo a mensagem de Cristo. Em seguida vou terminar concluindo que da fato seria uma mistura disso tudo. Em alguns momentos poderia isolar uma dessas possibilidades e ainda outras mais, noutros concluo que eles na realidade estavam muito aquém de uma real compreensão. A leitura de hoje me lança na segunda possibilidade.

Jesus está anunciando aquilo que é o desfecho de sua missão, o momento crucial, o ápice de tudo aquilo que ele veio fazer neste planeta, a razão pela qual Deus se fez carne e habitou entre nós. Aquilo que se transformaria mais tarde no maior exemplo de amor jamais visto em toda história do universo quando Deus entrega seu filho por amor de cada um de nós. Perceba a seriedade do momento, veja como Jesus está quase que perceptível nas letras , com um coração pesado. Mas de repente, ele acaba de falar e esses homens, como alunos em uma sala de aula, levantam as mãos para o direito a uma pergunta, uma dúvida que precisa ser esclarecida. Neste instante, o professor, mestre da sala de aula fica na expectativa de uma pergunta inteligente ou, que pelo menos se refira com fidelidade ao assunto que vinha sendo tratado. Mas alguns dos alunos, como quem não está ligado com o assunto levantado pelo mestre, se saem com uma pergunta que vai ao avesso do tema. “Mestre, queremos que nos faças o que vamos te pedir”.  Sim , o que desejam? Queremos ter privilégios, queremos diferenciação, queremos destaque!!!

Oh meu Deus, Jesus de fato tinha domínio próprio, paciência e todos os demais componentes do fruto do Espírito. A minha vontade, apenas lendo o texto é a de dizer alô.... vocês estão ouvindo o que ele está dizendo? Seu mestre está narrando sua via dolorosa, sua jornada em sofrimento, sua expectativa da morte humilhante e vocês estão preocupados com privilégios e diferenciações? Mas depois, com mais calma, vejo que essa é a realidade de uma humanidade dacaida, de um ser humano distanciado de sua perfeita imagem e semelhança com o criador. Esses somos nós em nossa parca compreensão de Deus e de seu propósito.

Somos chamados para anunciar e viver essa realidade de sacrifício vivida por Cristo em nosso favor, de tudo que ele viveu e da forma que ele morreu por nós que por nossa distancia de sua perfeição nada mereceríamos. Mas, muitas vezes estamos sim preocupados  com nossos privilégios, com o que receberemos e muito pouco nos preocupamos com aquilo que precisamos dar. Talvez você diga agora, mas comigo não é assim, eu não busco posição, diferença, ou qualquer privilégio. Mas me permita dizer que você se engana nessa afirmação. Sim você busca, você deseja, tanto que quando não vem , seu coração se entristece, seu folego desfalece, você até derrama lagrimas, sofre, mas, mesmo assim continuará afirmando que “ não se preocupa com essas coisas” por favor, entregue-se à verdade. Se nada disso lhe incomodasse, você não ficaria dessa forma quando se trata de não receber  reconhecimento. Os louros fazem falta a todos nós.

Depois de seguir inquerindo eles a respeito do que eles poderiam aguentar e sempre tendo deles a resposta que se assemelha a uma insistência no equivoco. Sim nos podemos... Jesus deixa de lado sua tentativa de argumentos e fecha seu pensamento dizendo que o mais importante na sua perspectiva é aquele(a) que  serve. A perspectiva de privilégios não encontra eco no evangelho, a diferenciação será sempre na contra mão do mundo e dos seus governos e poderes. Vale mais, quem serve mais.

Paulo vai concluindo seu argumento de defesa do seu próprio ministério, se coloca como alguém que anuncia uma luz e não como alguém que tem uma luz. Ele tira om foco da mensagem de sua própria vida e a coloca no centro do evangelho, na pessoa de Jesus Cristo. Quando Paulo se coloca como um anunciador da mensagem “Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus.”em seguida vem a sua ênfase pessoal na fragilidade de cada um e na sua própria. O Tesouro,  que é a mensagem do evangelho, o poder de Deus, temos como em vasos de barro que somo nós em nossa fragilidade.

Tanto o evangelho de hoje quanto a carta aos coríntios vai nos remeter a nossa dependência de Deus, a nossa fragilidade e ao poder exclusivo da mensagem do evangelho que é o poder de Deus para a salvação de quem crê.  Hoje você está percebendo a grandeza da mensagem e a pequenez de quem anuncia. A nossa vida é sim privilegiada em diferentes aspectos, ao receber e aceitar a mensagem, em servir a Deus como veículo dela. Ela é poderosa, nós  frágeis. Nossa fortaleza está na consciência desse fato.

 

Minha Oração

Senhor, que o meu ser compreenda que meu maior privilégio é servir à tua causa e que a  minha consciência perceba a fragilidade deste ser e a preciosidade de tua mensagem sempre nessa ordem

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Pastor, gostei mais da letra dessa cor, fica melhor de ler =).