Primeiro os que Servem
Marcos 10:32-45;2 Coríntios 4:1-12
E chegado o momento de substituir o ideal de sucesso pelo ideal de serviço
E chegado o momento de substituir o ideal de sucesso pelo ideal de serviço
Albert Einstein
Não poucas vezes me deparo com situações no evangelho onde me
pergunto até onde os primeiros discípulos de Jesus de fato estavam o seguindo
por algum interesse privado, por ser uma novidade ou porque de fato estavam
entendendo a mensagem de Cristo. Em seguida vou terminar concluindo que da fato
seria uma mistura disso tudo. Em alguns momentos poderia isolar uma dessas possibilidades
e ainda outras mais, noutros concluo que eles na realidade estavam muito aquém
de uma real compreensão. A leitura de hoje me lança na segunda possibilidade.
Jesus está anunciando aquilo que é o desfecho de sua missão, o
momento crucial, o ápice de tudo aquilo que ele veio fazer neste planeta, a
razão pela qual Deus se fez carne e habitou entre nós. Aquilo que se
transformaria mais tarde no maior exemplo de amor jamais visto em toda história
do universo quando Deus entrega seu filho por amor de cada um de nós. Perceba a
seriedade do momento, veja como Jesus está quase que perceptível nas letras ,
com um coração pesado. Mas de repente, ele acaba de falar e esses homens, como alunos
em uma sala de aula, levantam as mãos para o direito a uma pergunta, uma dúvida
que precisa ser esclarecida. Neste instante, o professor, mestre da sala de
aula fica na expectativa de uma pergunta inteligente ou, que pelo menos se
refira com fidelidade ao assunto que vinha sendo tratado. Mas alguns dos
alunos, como quem não está ligado com o assunto levantado pelo mestre, se saem
com uma pergunta que vai ao avesso do tema. “Mestre, queremos que nos faças
o que vamos te pedir”. Sim , o que
desejam? Queremos ter privilégios, queremos diferenciação, queremos destaque!!!
Oh meu
Deus, Jesus de fato tinha domínio próprio, paciência e todos os demais
componentes do fruto do Espírito. A minha vontade, apenas lendo o texto é a de
dizer alô.... vocês estão ouvindo o que ele está dizendo? Seu mestre está
narrando sua via dolorosa, sua jornada em sofrimento, sua expectativa da morte
humilhante e vocês estão preocupados com privilégios e diferenciações? Mas
depois, com mais calma, vejo que essa é a realidade de uma humanidade dacaida,
de um ser humano distanciado de sua perfeita imagem e semelhança com o criador.
Esses somos nós em nossa parca compreensão de Deus e de seu propósito.
Somos
chamados para anunciar e viver essa realidade de sacrifício vivida por Cristo
em nosso favor, de tudo que ele viveu e da forma que ele morreu por nós que por
nossa distancia de sua perfeição nada mereceríamos. Mas, muitas vezes estamos
sim preocupados com nossos privilégios,
com o que receberemos e muito pouco nos preocupamos com aquilo que precisamos
dar. Talvez você diga agora, mas comigo não é assim, eu não busco posição,
diferença, ou qualquer privilégio. Mas me permita dizer que você se engana
nessa afirmação. Sim você busca, você deseja, tanto que quando não vem , seu
coração se entristece, seu folego desfalece, você até derrama lagrimas, sofre,
mas, mesmo assim continuará afirmando que “ não se preocupa com essas coisas”
por favor, entregue-se à verdade. Se nada disso lhe incomodasse, você não
ficaria dessa forma quando se trata de não receber reconhecimento. Os louros fazem falta a todos
nós.
Depois de
seguir inquerindo eles a respeito do que eles poderiam aguentar e sempre tendo
deles a resposta que se assemelha a uma insistência no equivoco. Sim nos
podemos... Jesus deixa de lado sua tentativa de argumentos e fecha seu
pensamento dizendo que o mais importante na sua perspectiva é aquele(a)
que serve. A perspectiva de privilégios
não encontra eco no evangelho, a diferenciação será sempre na contra mão do
mundo e dos seus governos e poderes. Vale mais, quem serve mais.
Paulo vai concluindo
seu argumento de defesa do seu próprio ministério, se coloca como alguém que
anuncia uma luz e não como alguém que tem uma luz. Ele tira om foco da mensagem
de sua própria vida e a coloca no centro do evangelho, na pessoa de Jesus
Cristo. Quando Paulo se coloca como um anunciador da mensagem “Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a
nós como escravos de vocês, por causa de Jesus.”em seguida vem a sua ênfase
pessoal na fragilidade de cada um e na sua própria. O Tesouro, que é a mensagem do evangelho, o poder de
Deus, temos como em vasos de barro que somo nós em nossa fragilidade.
Tanto o evangelho de hoje quanto a carta aos coríntios vai nos
remeter a nossa dependência de Deus, a nossa fragilidade e ao poder exclusivo
da mensagem do evangelho que é o poder de Deus para a salvação de quem
crê. Hoje você está percebendo a
grandeza da mensagem e a pequenez de quem anuncia. A nossa vida é sim
privilegiada em diferentes aspectos, ao receber e aceitar a mensagem, em servir
a Deus como veículo dela. Ela é poderosa, nós frágeis. Nossa fortaleza está na consciência
desse fato.
Minha Oração
Senhor, que o meu ser compreenda que meu maior privilégio é
servir à tua causa e que a minha
consciência perceba a fragilidade deste ser e a preciosidade de tua mensagem
sempre nessa ordem
Um comentário:
Pastor, gostei mais da letra dessa cor, fica melhor de ler =).
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