sábado, 22 de junho de 2013

Um misto de tristeza e alegria

Chore pelo Brasil
Pelos governantes que tem tido
Pelos legisladores que tem escolhido
Pelos aproveitadores que tem aparecido
Pelos males que tem sofrido

Mas alegre-se

Pelo despertar que tem acontecido
Pela oportunidade que tem aparecido
Pela mudança de atitude de uma geração que parecia ter tudo esquecido
Pelo governo e pelo congresso, que agora sabem que existe um povo estarrecido e ativo
Pelas eleições que se aproximam e que nas urnas vão mostrar que o povo É o partido


sexta-feira, 7 de junho de 2013

IMPRENSA LIVRE? ISSO SIGNIFICA DIZER O QUE QUER?


Blog do Reinaldo Azevedo 

Revista Veja


Amplos setores da imprensa tentaram cassar dos evangélicos o direito de dizer "não" Agrediram os fatos, a democracia e os seus leitores.

A grande imprensa brasileira, com as exceções costumeiras, escreveu um capítulo vergonhoso de sua história na quarta-feira. Cerca de 70 mil pessoas — segundo estimativas da Polícia Militar do Distrito Federal (nesta sexta, publicarei um vídeo; aguardem um pouco) — participaram de uma manifestação em Brasília em defesa da liberdade de expressão, da liberdade religiosa, da família tradicional e da vida (leia-se: contra o aborto). Num dia útil, certamente arcando com o custo de faltar ao trabalho — ninguém ali tinha o “ponto” abonado nem estava sendo pago por partido —, milhares de pessoas atenderam à convocação de diversas denominações cristãs para expressar o seu ponto de vista sobre temas que estão em debate na sociedade e que são do interesse dos brasileiros. Não obstante, aquelas 70 mil pessoas foram praticamente ignoradas pelo jornalismo. A IRONIA: UMA DAS PALAVRAS DE ORDEM DA CONCENTRAÇÃO ERA ESTA: CONTRA O CONTROLE DA MÍDIA.

Reproduzo palavras do pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento:

“Senhores da imprensa, nós, que somos chamados de fundamentalistas, queremos uma imprensa livre até para falar mal de nós. Nós não queremos cercear imprensa, não. Agora, eu fico vendo esses esquerdopatas, que querem o controle da mídia para controlar o conteúdo… Eles estão pensando que o Brasil é Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina. Aqui, não! Imprensa livre, sempre livre!”

Não saiu praticamente uma linha do que disse Malafaia sobre o assunto. Também se omitiram as críticas muito duras que ele fez aos mensaleiros (voltarei a tratar do assunto em outro post). Setenta mil pessoas pediram em coro cadeia para a quadrilha — enquanto Luís Roberto Barroso, na CCJ do Senado, dizia que o STF foi muito duro com aqueles patriotas. E também isso se omitiu. Publicarei, reitero, um vídeo com trechos da fala de Malafaia (a integra de sua intervenção estáaqui).

Houve coisa pior do que omissão: uma reportagem do Estadão Online atribuiu ao pastor o que ele não disse, a saber: que união homoafetiva é crime. Não falou isso. Afirmou outra coisa: que não aceitava que sua opinião, que é contrária, fosse criminalizada, como faz o PLC 122.

Não há por que omitir os fatos. É evidente que uma concentração que tinha na sua pauta, também, a defesa da família tradicional (homem, mulher e sua prole) opõe-se ao casamento e ao ativismo gays. E isso foi dito lá de maneira clara e inequívoca. Era um aspecto importante do protesto, mas era um deles. Não é menos evidente que a esmagadora maioria da imprensa considera essa opinião “conservadora”, “reacionária”, “atrasada” — escolham aí o adjetivo. O mesmo se diga sobre o aborto, duramente atacado no evento. Eis outro item da pauta dita “progressista” — nunca ninguém conseguiu me explicar por que o mundo e a moral progridem com a morte de fetos…
A imprensa — ou “as imprensas” — tenha a agenda que quiser! Como afirmou o pastor, que ela seja livre até para falar mal das opiniões e das pessoas da praça. Mas omitir??? Fazer de conta, como se fez, que a coisa não estava acontecendo??? Tratar a concentração como se estivesse um curso um evento corriqueiro, sem importância? Só não acho que ficou caracterizada a “censura” porque considero que a palavra cabe quando a interdição é aplicada pelo Estado. Mas se trata, sim, de um ânimo censor, que agride a essência do jornalismo.

Estaremos, agora, diante de um novo paradigma, que consistirá em esconder aquilo de que se discorda? Qual é a medida? Se 500 marcham nas ruas em defesa da maconha, a foto vai parar nas primeiras páginas — afinal, é a “pauta progressista”. Se 70 mil fazem um coro contra a descriminação das drogas — e isso também ocorreu —, faz-se de conta que nada aconteceu?
Pois é… Volta e meia, José Dirceu, o chefe de quadrilha do mensalão — até, ao menos, que eventuais e ilegais embargos infringentes não livrem a sua cara —, manda alguém escrever lá no seu blog um ataque qualquer à imprensa, pedindo o “controle da mídia”. Por incrível que pareça, a mídia que ele quer controlar se encarrega de reproduzir suas cretinices. Afinal, disse-me outro dia alguém, a imprensa tem de fazer isso para demonstrar que é isenta e não tem preconceitos…
Ah, bom! Agora entendi! Para mostrar que é isenta e não tem preconceitos, até os ataques de Dirceu à liberdade de expressão são… livremente expressos! Mas os 70 mil da praça, que falaram EM DEFESA da liberdade de expressão, ah, esses foram tratados com menoscabo ou com desrespeito mesmo: “Afinal, não pensam o que pensamos; têm uma pauta reacionária…”.

O que pretende para si mesma a imprensa que age desse modo? Digam-me cá: os 70 mil que foram para a praça, numa quarta-feira gorda, tinham sido convocados por quem? Pelos jornais, TVs e sites noticiosos já tradicionais? Acho que não! As igrejas evangélicas têm seus próprios sistemas de comunicação e não dependem da boa vontade de estranhos para existir. Tratou-se de uma omissão vergonhosa, constrangedora. E, claro, havia jornalistas em penca lá.

Essência da democracia


A essência da democracia é o dissenso. O papel da imprensa não é exercer uma censura informal sobre a diversidade de opiniões. Ao contrário. Converter o espaço noticioso em área de militância é um comportamento fascistoide, que agride o fundamento da pluralidade e da liberdade.


Faltassem-nos exemplos, deveríamos olhar para o governo de Barack Obama, nos EUA. Em nome das liberdades civis que estariam ameaçadas no governo Bush; em nome da pluralidade, que estaria sendo agredida pelos supostos fundamentalistas de Bush; em nome da, santo Deus!, da diversidade, à qual os republicanos de Bush seriam hostis, ONGs, movimentos sociais, imprensa, academia, intelectuais etc. se juntaram num grande coro de adoração ao candidato e depois presidente da República e à sua agenda progressista.

Quis o destino — que, para mim, sempre foi a lógica dos fatos — que aquele grande progressista liderasse o governo que montou o mais amplo, profundo e nefasto sistema de espionagem no país, que inclui a perseguição a adversários por organismos do estado e a invasão do sigilo de jornalistas.

A liberdade é e será sempre o direito de divergir. Infelizmente, amplos setores da imprensa tentaram cassar dos evangélicos esse direito. Para estes, a agressão foi irrelevante porque, reitero, não dependem dessa visibilidade para existir. Para o jornalismo, no entanto, a coisa é séria: há o risco de que o paradigma da pluralidade esteja se perdendo. Os cristãos, sempre que julgarem necessário, voltarão às praças. Espero que essa imprensa de agenda tenha como voltar a seus leitores.



terça-feira, 4 de junho de 2013

O Ser Carismático

Estamos ministrando na nossa comunidade, a PAES, e também em outras comunidades da Diocese do Recife, uma série de mensagens que se chama “Vivendo o Sobrenatural”. Me ocorre refletir nesse sentido sobre algo que muito se fala, mas pouco se reflete de fato.Em minha caminhada Cristã, acabei por me filiar ou mesmo representar algumas organizações cristãs. Sou ligado a algumas agencias cristãs de orientação carismática dentro da Comunhão das Igrejas Anglicanas. Mas o que isso significa? O que quer dizer ser um carismático?
Lamentavelmente, gostando ou não somos identificados por rótulos. Não aprecio isso, mas não me iludo em pensar que é possível fugir totalmente deles. A palavra “Carismático” é um destes rótulos que insiste em taxar o que somos. Mas na realidade o que isso tenta dizer ?
A Teologia Paulina é quem traz ênfase a esta palavra grega charisma e suas derivações. A rotulação dada nos dias de hoje, foge bastante ao sentido original da palavra  A rigor, Toda igreja tem que ser carismática!!! Afirmar isso pode soar como intolerância, desejo de predominar uma visão, mas na realidade é a mais pura das verdades. Vejamos se não é assim:
A palavra grega Charis , encontrada quase que exclusivamente nos escritos Paulinos, sendo a exceção o texto de 1 Pe 4:10, traz a idéia de algo doado por Deus, um dom da graça, dom este, que é a única maneira de capacitar alguém em sua individualidade (1Co 7:7) para o serviço na igreja do Senhor. Quando afirmamos que toda igreja e todo cristão deve ser carismático, estamos apenas afirmando que, em ultima análise, não podemos construir a obra de Deus, com nossos próprios punhos , sob a perspectiva de nossos projetos pessoais, sob o comando de nosso coração, que a própria Escritura diz ser um perigo (Pv 16:9).
O ser carismático, vai além, muito além de um rótulo , de um movimento ou mesmo de denominações cristãs. Qual a igreja, qual o cristão, qual a agencia missionária ou instituição que afirme fazer a obra de Deus que possa dizer, “não somos carismáticos!” ou mesmo “somos carismáticos” ?  O que é que julga este termo ?
O ser carismático, é julgado pela exclusiva dependência de Deus, de colocar a vontade do Senhor adiante de nós e nunca sermos os seus batedores, a isso chamamos de inversão dos valores bíblicos. Deus está adiante e, se Ele quiser faremos isso ou aquilo Tg 4:13.
    O ser carismático, anda na humildade. Antes da ruína eleva-se o coração do homem; e adiante da honra vai a humildade Pv 18:12. Igrejas , líderes, ministros... tem caído pela ausência do ser carismático, pela ausência da dependência de Deus. Minha geração viu e continua vendo a deformação do ser carismático, a transformação de algo que é a pura essência, em uma plaqueta, um rótulo, em letras que não mais identificam o que suas raízes etimológicas um dia tentaram mostrar.
Cargos, funções, posições, ministérios, episcopados, sacerdócio...nada disso tem valor, sob o ponto de vista bíblico se o charisma não estiver por traz e o poder não estiver submisso a este charisma. Leonardo Boff dissertou bem sobre esta inversão na década de 80 com seu “revolucionário” Igreja carisma e poder
Nestes últimos anos vi a firmeza de alguns de meus ícones, aqueles que entenderam o Ser Carismático, que compreenderam a distancia do rótulo e da essência. Estes permanecem firmes e inabaláveis. Ao mesmo tempo vi a queda de outros que antes sacudiam auditórios lotados, cruzaram este país e o mundo animando a igreja do Senhor , mas que pela ausência do Ser Carismático  sucumbiram às propostas do poder, cederam ao elevar-se do coração e trilharam por projetos simplesmente humanos...
A cada dia, precisamos entender mais o Ser Carismático
A cada dia precisamos nos tornar mais Carismáticos, sem rótulos, pela essência

Miguel Uchôa