sábado, 14 de dezembro de 2013

Não Acredito!


Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará
                                                                                                                    Jesus Cristo

O mundo viu mais um mito se despedir dessa dimensão da vida. Nelson Mandela o sóbrio guerreiro entregou seu espírito e descansou eternamente. Eternamente também será lembrado como aquele que acreditou ser possível que a justiça acontecesse vinda das mãos de líderes políticos, governantes, sistemas econômicos e sociais. Mas será que de fato foi assim que ele partiu? com essa convicção? creio que não, sua longa existência o mostrou que naquele discurso de posse como presidente da África do Sul após tantos anos da brutal segregação racial e que ele, como primeiro presidente negro dizia crer que estava se estabelecendo algo que seria um exemplo para a humanidade... lamentavelmente não aconteceu e não dá sinais de acontecerá tão cedo.
Lamentavelmente não foi, não tem sido e parece que dificilmente será um bom exemplo para a humanidade. Mandela sonhou como todos temos o direito de sonhar, mas foi incapaz em sua humana limitação de imputar nos líderes e também no povo Sul Africano a grandeza de seu coração, a ternura de sua alma e a capacidade de mudar, que ele mesmo mostrou saindo de um guerrilheiro que defendia as armas para um pacificador paciente que convivia com seus adversários políticos sem o rancor tão característico nesse meio.

Lamentavelmente, a classe política da África do Sul fez crescer o abismo social que é maior hoje que no período do apartheid.
Lamentavelmente, existe uma casta de negros abastados que ascenderam por via da política e especialmente da corrupção que está em alto índice no ranking mundial.
Lamentavelmente Nelson Mandela não viu seu sonho se tornar realidade onde um governo justo traria para a população negra miserável da África do Sul os benefícios que somente os brancos tinham. Soweto continua sendo uma realidade.
Lamentavelmente, ele viu a perpetuação no poder de um partido único que tem trazido imensos malefícios para aquela nação, sonho de alguns políticos brasileiros que hoje enxergam o sol pelas grades.
Lamentavelmente por essas e por outras tantas razões eu tenho que dizer quem não acredito em qualquer sistema, governo ou instituição que levante a voz para dizer que sua ação transformará a sociedade.

Recentemente fiz uma escala em Johanesburgo, fiquei naquele imenso e moderno aeroporto onde pude atestar o que vi a mais de uma década atrás, apenas negros nas funções mais baixas. Tenho noção que a Ascenção leva tempo, mas parece que o tempo está demorando muito para essa nação.
A África do Sul precisava e precisa de outros “Nelsons Mandela” que com o seu mesmo espírito pudesse de fato transformar aquela sociedade. Aquela nação precisa muito mais do que um convívio pacífico entre negros e brancos, muito mais do que o fim da segregação racial, precisa avançar para amenizar a imensa segregação social que também nos afeta como brasileiros.

Somente acredito que homens e mulheres, tomados pelo Espírito de Deus, seguindo as palavras de Jesus de Nazaré sejam capazes de promover o bem diante de toda a falibilidade das intenções humanas. A maldade do Ser Humano só se quebranta diante da grandeza de Deus.
Por isso, não acredito em nada que não seja tomado pela verdade de Jesus Cristo!

terça-feira, 12 de novembro de 2013


 

GAFCON 2013: COMUNICADO DE NAIROBI*
Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular. (Efésios 2:19-20)
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, nós, participantes da segunda Conferência do Futuro Global Anglicano (GAFCON) – 1358 delegados, incluindo 331 bispos, 482 clérigos e 545 leigos de 38 países representando  milhões de fiéis Anglicanos do mundo- enviamos saudações do Leste da África, um lugar de reavivamento no último século e de crescimento da Igreja Anglicana de hoje.
Introdução
Nós nos encontramos com muita alegria em Nairobi nos dias 21 à 26 de Outubro de 2013. Nos reunimos diariamente para orar e louvar, estudar a carta de Paulo aos Efésios e compartilhar da Santa Comunhão no início e no fim da nossa Conferência.
Foi muito penoso que nosso encontro realizou-se apenas um mês após o violento ataque terrorista em Nairobi, no Shopping Center Westgate em que tantos homens, mulheres e crianças inocentes perderam suas vidas. Nossos corações estão com essas famílias que perderam os seus entes queridos e com todos aqueles que ainda estão sofrendo. Nós lembramos deles em oração continuamente.  Em nos reunirmos aqui somos capazes de expressar publicamente a esperanca que Jesus Cristo traz a este mundo no qual fragilidade e sofrimento são frequentemente expressados. 
Em nosso encontro, reafirmamos a nossa visão de que somos uma comunhão mundial de Anglicanos Confessantes, envolvido em um movimento do Espírito Santo, a qual é pessoal e eclesial. Estamos agradecidos que o Arcebispo de Cantuária enviou saudações pessoais através de um vídeo e nos certificou que está orando por nós, e nós também oramos por ele. Acreditamos que temos agido como um importante e eficaz instrumento de Comunhão durante um período em que outros instrumentos de Comunhão falharam tanto em preservar  as prioridades do evangelho na Igreja, como em curar as divisões entre nós.
A Formação da Comunhão Global de Anglicanos Confessantes
Em 2008, o primeiro GAFCON foi convocado para combater um falso evangelho, que estava se alastrando por toda a Comunhão. Este falso evangelho questionou a singularidade de Cristo e a sua morte substitutiva, apesar da Bíblia ser clara em sua revelação de que ele é o único caminho ao Pai (João 14:6). Ele vai de encontro com a autoridade da Palavra Escrita de Deus. Ele procurou mascarar condutas pecaminosas com a linguagem dos direitos humanos. Promoveu práticas homosexuais como sendo consistentes com a santidade, apesar do fato que a Bíblia identifica claramente como ato pecaminoso. Um ponto crítico foi alcançado em 2003, quando um homem que mantia uma relação homossexual ativa foi consagrado bispo nos EUA. Nos anos que se seguiram, houve repetidas tentativas de resolver a crise dentro da Comunhão, das quais nenhuma foi bem sucedida. Ao contrário, a situação se agravou com insistente rebeldia. Como uma resposta para a crise, adotamos A Declaração de Jerusalém,  que nos compromete a fidelidade bíblica, e desde então tem sido a estrutura para ortodoxia Anglicana, na qual nós, com todas nossas tradições diferentes - Evangélicos, Anglo-Católicos  e Carismáticos - estamos comprometidos. Também formamos a Comunhão Global de Anglicanos Confessantes (GFCA).
A partir de então, nos tornamos um movimento que visa a unidade entre fiéis anglicanos. Ao tomar a posição de ser fiéis a Bíblia, os Anglicanos têm sido marginalizados ou excluídos das estruturas provinciais, ou diocesanas, e o Conselho  dos Primazes tem os reconhecido e autenticado como fiéis Anglicanos. O GFCA tem sido fundamental para o surgimento da nova província da Igreja Anglicana na América do Norte, dando reconhecimento formal de suas ordens e abraçando-a como uma província totalmente parceira, com seu Arcebispo tendo  assento no Conselho dos Primazes. O GFCA também impediu que a Original Diocese de Recife fosse isolada da Comunhão Anglicana. Ao mesmo tempo, comunhões locais foram criadas em muitas províncias. Estes têm sido um apoio essencial aos ministros e congregações, na medida em que as pressões ao testemunho do evangelho fiel aumentam.
A GFCA  e o Futuro da Comunhão Anglicana
A comunhão que desfrutamos como Cristãos se distingue de todas as outras associações pelo fato de ser em essência  uma  simples "comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1 João 1:3).  Por essa razão, tem um carácter particular. Ela envolve arrependimento e "andar na luz, como ele está na luz" (1 João 1:7- 9).  A natureza e os limites da nossa comunhão não são determinados pelas instituições, mas pela Palavra de Deus. A igreja é o lugar onde a verdade importa, onde é guardada e promovida e onde as alternativas são expostas pelo o que elas são - uma troca da verdade de Deus por uma mentira (Romanos 1:25).  A nossa vontade de nos submeter a Palavra Escrita de Deus e nossa oposição de estar em comunhão Cristã com aqueles que não se submentem a ela, é claramente expressa na Declaração de Jerusalém. Isto significa que as divisões na Comunhão Anglicana não serão curadas sem que haja uma mudança de coração daqueles que promovem o falso evangelho, e por isso nós oramos.
Há muito que podemos aprender com o Reavivamento do Leste Africano sobre ter uma mudança de coração. Começando no início do século passado, o reavivamento tem tocado milhões de vidas em muitos países onde o Espírito Santo tem movido, os leigos, homens e mulheres, bem como os clérigos, à compartilhar o Evangelho com os outros. Dois aspectos significantes  e de grande relevância para a nossa situação são:
- Arrependimento verdadeiro pelo pecado demonstrado através da confissão de culpa e do desejo de se retratar
- A confiança de que o evangelho tem o poder tanto de salvar o que está perdido em todo o mundo como de transformar a igreja, ao invés de ver a igreja conformada ao mundo.
Exortamos aqueles que promoveram o falso evangelho a se arrependerem  de sua infidelidade e a ter uma confiança renovada no evangelho. Nós nos arrependemos da indiferença, falta de oração e inatividade diante do falso ensinamento. Nós os lembramos – assim como a nós mesmos-  que os pecados dos quais devemos nos arrepender não são simplesmente aqueles que o mundo também considera errados; eles são aqueles que o próprio Deus detesta e que estão deixados claros em sua Palavra.
A Resolução de Lambeth de 1998  I. 10 Sobre a Sexualidade humana afirma que a atividade sexual é exclusiva para o casamento e que a abstinência é o certo para aqueles que são solteiros. Nós ainda nos mantemos firmes nesta declaração oficial. Tentação Sexual afeta a nós todos, e, por conseguinte, oramos pela fidelidade à Palavra de Deus no matrimônio e na vida solteira.
Nós nos entristecemos que vários governos nacionais, auxiliado por alguns líderes da igreja, tem tentado redefinir o matrimônio e tornar casamento entre pessoas do mesmo sexo em uma questão de direitos humanos. Nós acreditamos que os direitos humanos são fundados na verdadeira compreensão da natureza humana, que é que somos criados à imagem de Deus, macho e fêmea, que um homem deve deixar seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua esposa (Mateus 19:6; Efésios 5:31).  Queremos deixar bem claro que qualquer parceria civil de natureza sexual não recebe a bênção de Deus. Continuamos a orar e oferecer apoio pastoral aos cristãos lutando com tentações de ter relacionamentos com pessoas do mesmo sexo que mantém-se em celibato em  obediência a Cristo, e a afirmá-los na sua fidelidade.
Somente o evangelho tem o poder de transformar vidas. Quando o evangelho é ouvido, o Espírito Santo desafia e convence do pecado, e direciona para o amor de Deus manifestado em seu Filho, Jesus Cristo. A pura graça de Deus, libertando-nos do pecado mediante a cruz de Cristo nos conduz para o gozo do nosso perdão e ao desejo de levar uma vida santa. Isso permite que o relacionamento com Deus que Jesus torna possível floresça. Além disso, tal como as vidas podem ser transformadas, assim também pode a vida das igrejas. Nós comprometemo-nos, pois, e chamamos nossos irmãos e irmãs em toda a Comunhão para unir-mos em redescobrir a força do Evangelho e em buscar a ousadia do Espírito Santo para anunciar, com um vigor renovado.
Fortalecendo o GFCA
Estamos comprometidos com o futuro da GFCA e para isso decidimos tomar medidas para fortalecer a nossa comunhão.
Em primeiro lugar, resolvemos ser mais do que uma rede. Somos uma expressão efetiva do Anglicanismo fiél  e, portanto, reconhecendo as nossas responsabilidades, temos que nos organizar de uma maneira que demonstre a seriedade de nossos objetivos. Esses são três:
- Proclamar e lutar pelo evangelho de Jesus Cristo. Como exemplos de trabalhos que queremos capacitar são a preparação de contestações teológicas convincentes à qualquer falso evangelho; apoiar a rede de faculdades teológicas cujos alunos são bem orientados para ministério, cujos professores são bem treinados, e cujos currículos são construídos com base na fiel leitura da Escritura.
- Construir a comunhão. Temos de encontrar novas maneiras de apoiar uns aos outros em missão e em discipulado.
- Justificando e afirmando fiéis anglicanos que foram excluídos por sua diocese ou província. A principal linha de trabalho aqui seria dedicar a discernir a necessidade de novas províncias, dioceses e igrejas - e, em seguida, validar os seus ministérios e ordens como Anglicanos.
Em segundo lugar, conquistar estes objectivos exigirá  a GFCA a operar sobre uma base mais sistemática e para isso, vamos organizar em torno de um Conselho dos Primazes, um Conselho de Administrativo, um Comitê Executivo e os agentes de ligação regional, que serão envolvidos em favorecer a comunicação entre FCAs.
Em terceiro lugar, nós reconhecemos que a mudança da GFCA para um novo patamar vai requerer que uma quantidade substancial de novos recursos estejam disponíveis. Devemos, portanto, formalmente convidar províncias, dioceses, agências missionárias, congregações locais e indivíduos a tornar-se membros contribuíntes  do GFCA. Em especial, pedimos as províncias para reconsiderar seu suporte àquelas estruturas Anglicanas que estão acostumadas a desconsiderar a fidelidade bíblica e ao invés disso, ou, além disso, contribuir com as necessidades financeiras da GFCA.
Nossas Prioridades
O mandamento do Nosso Senhor é "ir e fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei" (Mateus 28:19- 20).  Cremos, portanto, que a nossa primeira prioridade deve ser fazer discípulos. Isto significa que o nosso movimento tem de estar comprometido em –
- Evangelizar áreas de nosso mundo onde claramente as testemunha do Evangelho tornaram-se obscurecidas ou perdidas e levar o Evangelho aos povos ainda não alcançados. Grande parte da nossa energia deve ser dedicada a levar o Evangelho para crianças e jovens e desenvolver os líderes do futuro. Reconhecemos também a necessidade de orar, amar e compartilhar o evangelho de Jesus com os muçulmanos. Pedimos que as igrejas que treinem seus membros nesse tipo de missão
- Apoiar genuínas iniciativas evangélicas, reconhecendo que há tempos em que a manutenção de estruturas pode restringir a proclamação do evangelho. De acordo com as expectativas da Declaração de Jerusalém que o Conselho dos Primazes iria intervir para prover uma “supervisão ortodoxa à igrejas sob falsas lideranças”, o Conselho dos Primazes irá cuidadosamente considerar trabalhar além das estruturas existentes como uma resposta de obediência ao mandato de Jesus de levar o Evangelho para todas as nações.
- Defender o evangelho. Nós vamos continuar a expor publicamente qualquer falso evangelho que não é consistente com ensinamento apostólico e claramente articular o evangelho na Igreja e no mundo.
Nossa segunda prioridade deve ser aprofundar o discipulado. É preciso continuar enfatizando que a nossa identidade é encontrada principalmente em Cristo e não em alianças nacionais, étnicas ou tribais. Além disso, há muitas pressões sobre os cristãos de hoje que requer  um certo grau de maturidade para resisti-las. Estas incluem secularismo agressivo, onde  cada vez mais os cristãos estão sendo ensinados que devem somente expressar sua fé privadamente , e não publicamente; e onde a contribuição do Cristianismo para o bem público é negado; o islamismo militante que continua a ameaçar a existência e o ministério da Igreja em alguns lugares; e o sincretismos sedutor que introduz supostas alternativas de chegar a Deus e, assim, nega a unicidade de Cristo.
Lutar contra estas pressões e promover o evangelho em circunstâncias difíceis exige que os cristãos aceitem que seu testemunho envolve sofrer para Cristo (2 Timóteo 3:12); ou ficar firmes com aqueles que estão a sofrer por Cristo; estar alerta para as formas em que as Escrituras estão sendo falsamente prejudicadas pelos adversários; se engajar com um  discursos público gracioso; e de se recusar a ser intimidado quando submetidos a perseguições.
Como terceira prioridade, devemos testemunhar o efeito transformador do Evangelho trabalhando para a transformação da sociedade, de modo que os valores do Reino eterno possam ser visto aqui e agora. Cremos, portanto, que é certo se envolver em discursos públicos com mansidão e respeito (1 Pedro 3:15- 16), mas sem permitir que as nossas prioridades sejam moldadas pela agenda do mundo; e que as nossas igrejas trabalhem para a proteção do meio ambiente e fortalecimento do poder economico daqueles que são desprovidos de recursos; e que não ignoremos o clamor dos marginalizados e opressos que necessitam ajuda imediata.
Afirmamos os ministérios de mulheres e sua contribuição vital para a vida da Igreja: o seu chamado de evangelizar, discipular e construir casamentos, famílias, igrejas e comunidades fortes. GAFCON 2013 defende o ensino Bíblico que homens e mulheres são igualmente feitos à imagem de Deus, chamado a ser o seu povo, no corpo de Cristo, exercendo dons diferentes. Reconhecemos que temos opiniões diferentes sobre os papéis de homens e mulheres na igreja liderança.
Muito nos entristece que em  muitas comunidades as mulheres e as crianças são marginalizados pela pobreza, a falta de educação, HIV/AIDS, maus-tratos das viúvas e dos órfãos, e a poligamia. Além disso, elas sofrem violência doméstica, abuso sexual, tráfico e aborto. Repudiamos todo tipo de violência contra as mulheres e as crianças e chamamos a igreja a demonstrar respeito pelas mulheres, cuidado para com as mulheres e crianças marginalizadas de todo o mundo, e defender a santidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural.
Estamos conscientes do crescente número de ataques contra Cristãos na Nigéria e Paquistão, Síria e Egito, Sudão e muitos outros países. Enquando nossos irmãos e irmãs estão enfrentando perseguição, devemos todos pressionar os governos e líderes de outras religiões, para que respeitem os direitos humanos, protejam os cristãos de ataques violentos e tomem medidas eficazes para prover liberdade de expressão religiosa para todos.
Conclusão
Estamos conscientes das muitas pressões que as fiéis testemunhas do evangelho sofrem dentro da igreja, mas igualmente conscientes da grande necessidade que o mundo tem de ouvir o evangelho. A necessidade de ter a GFCA  é maior agora do que quando nos reunimos pela primeira vez em Jerusalém em 2008. Acreditamos que o Espírito Santo está nos desafiando e ao resto da Comunhão Anglicana à nos mantermos fiéis à nossa herança bíblica; e a apoiar aqueles que sofrem como resultado da obediência à Cristo;  e a responder às pressões anti-cristãs com uma determinação renovada de difundir o evangelho. A seriedade com que encaramos a nossa missão e a nossa comunhão será refletida na forma como cada uma das igrejas individuais recebam a visão da GAFCON como sua própria visão, e em como damos recursos para o trabalho que a GFCA procura iniciar. Convidamos todos os fiéis anglicanos a aderir à GFCA.
Por último, nos comprometemos a fortalecer nossa comunhão e promover o evangelho.
O Compromisso de Nairobi
Estamos comprometidos com Jesus Cristo como o cabeça da Igreja, a autoridade de sua Palavra e poder do seu evangelho. O Filho perfeitamente nos revela a Deus, ele é o único fundamento de nossa salvação, e ele é a nossa esperança para o futuro. Procuramos honra à ele, caminhar na fé e na obediência aos seus ensinamentos, e glorificá-lo através da nossa proclamação do seu nome.
Portanto, no poder do Espírito Santo —

     1. Novamente nos comprometemos com a Declaração de Jerusalém
    2.Comprometemo-nos a apoiar missão, tanto a nível local como global, incluindo alcançar os muçulmanos.   Comprometemo-nos também a incentivar o treinamento dos leigos em obediência à Grande     comissão para fazer e amadurecer discípulos, com atenção especial ao recrutamento e mobilização dos jovens para o ministério e liderança.
     3. Comprometemo-nos a dar uma maior prioridade para a educação teológica e ajudar uns aos outros a encontrar os recursos necessários. É preciso esclarecer os propósitos da educação teológica, para que os alunos sejam mais bem orientados para ministério, professores sejam bem treinados, e os currículos sejam construídos sobre a fiel leitura das Escrituras.
      4. Comprometemo-nos a defender as verdades essenciais da fé bíblica mesmo quando essa defesa ameaça as estruturas existentes de autoridade humana (Atos 5:29).  Por esta razão, os bispos da GAFCON 2013 resolveram "afirmar e endossar a posição do Conselho dos Primazes em fornecer supervisão nos casos em que as províncias e dioceses que fazem concessões à fé bíblica, incluindo a afirmação de um chamado ao ministério devidamente discernido. Isso pode envolver ordenação e consagração se a situação exigir.”
     5.Comprometemo-nos a apoiar e a defender aqueles que em se firmarem na verdade apostólica são marginalizados ou excluídos da comunhão com outros Anglicanos em suas dioceses. Temos, portanto, reconhecido a Missão Anglicana na Inglaterra (AMiE) como expressão do Anglicanismo autêntico tanto para aqueles que dentro e fora da Igreja da Inglaterra, e congratulamos a intenção deles de nomear um Secretário Geral da AMiE.
      6. Comprometemo-nos a ensinar sobre o bom propósito de Deus para o casamento e para a vida de solteira. O casamento é uma união para toda a vida exclusiva entre um homem e uma mulher. Encorajamos todas as pessoas a trabalhar e orar para a construção e fortalecimento de casamentos e famílias saudáveis. Por essa razão, somos contra a onda secular de ser a favor de coabitações e casamentos  entre pessoas do mesmo sexo.
      7.Comprometemo-nos a trabalhar para a transformação da sociedade através do evangelho. Nós rejeitamos todas as formas de violência, especialmente contra as mulheres e as crianças, vamos trabalhar para fortalecer economicamente todos aqueles que são mais desfavorecidos, e seremos uma voz para os Cristãos perseguidos.
      8.Comprometemo-nos com a continuação da Comunhão Global de Anglicanos Confessantes, GFCA, colocando a membresia, recursos humanos e financeiros em uma nova base. Vamos continuar a trabalhar dentro da Comunhão Anglicana para a sua renovação e reforma.
9. Nós nos comprometemos em reunirmos novamente na próxima GAFCON.

Ora, àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu  poder que atua em nós, a ele seja a glória na Igreja e em Jesus Cristo por todas as gerações, para todo o sempre. Amém. (Efésios 3:20 - 21)

Nairobi, 26 de Outubro de 2013

*Tradução de Fabiana Schimidt

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

3 Privilégios e 3 tentações da Liderança Por Rick Warren

 
Você acha que é mais fácil lidar com sucesso ou fracasso? Thomas Caryle uma vez disse, "Para cada cem pessoas que podem lidar com a adversidade há somente uma que pode lidar com a prosperidade." Acho que a maioria das pessoas não pode ficar no topo. Isso os muda. Na verdade, o sucesso destrói algumas pessoas. Existem vários benefícios legítimos de estar na liderança.
 
ü     Posição — você pode se tornar mais
ü    Poder — você pode fazer mais
ü    Privilégio — você pode ter mais
O esforço extra e o trabalho que você dedica lhe dará mais posição, mais poder e mais privilégios. Com cada um destes vem uma tentação muito grande que pode ser sua ruína como um líder se você usar à toa.
"Então, se você acha que você está permanecendo firme, cuidado para não cair!" I cor 10:12
Vamos olhar para as tentações da liderança, perceba quan do voc|ê ler o jornal hoje. As maiores nações do mundo enfrentam tumulto devido aos abusos de liderança. "O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente."
Hoje vamos olhar para as tentações da liderança e os antídotos.
1. Você será tentado a abusar de sua posição.
Você já viu alguém conseguir uma promoção no trabalho, e de repente tornam-se um pequeno ditador? Mudaram!. Eles eram pessoas legais até chegarem à promoção. Então de repente começam a tratar todo mundo depreciativamente, fazendo exigências excessivas às pessoas. Demandas irrealistas expondo-as publicamente.
Pastores são pessoas experientes, supervisores, e o pastoreio da igreja está em nossas mãos. Mas isto não é uma desculpa para abusar da influência que temos e explorar as pessoas. Na verdade, a Bíblia é clara que os líderes da igreja serão julgados muito mais duramente por causa de seu potencial para influenciar as pessoas a se mover em direção a Cristo ou para longe dEle.
2. Você será tentado a abusar do seu poder.
Você pode ser um motorista ou um motivador. Os motoristas não têm nenhum apreço pelo povo enquanto motivadores estão constantemente encontrando maneiras para capacitar as pessoas ao seu redor. Seu papel como um Pastor não é para segurar as pessoas e tê-los para lhe servir quando você precisa, mas para elevá-los e equipá-los para servir a Jesus e mudar o mundo. Em outras palavras, o poder que Deus te deu como um lídere não é para seu benefício e sim para os outros.
3. Você será tentado a lucrar com seus privilégios.
Quando o livro “ Uma Vida com Propósitos” se tornou um best seller global, duas coisas entraram em nossas vidas que nunca esperávamos – uma nova influência global e uma nova perspectiva financeira. Kay e eu tinhamos que tomar uma decisão sobre o que faríamos com esses recursos. Decidimos começar o dízimo-reverso. Começamos dando 90% da renda que estávamos recebendo e vivendo com os outros 10%, e parei de ter um salário. Sou o voluntário mais ocupado da Igreja de Saddleback!
Quando você decidir lucrar com os privilégios de sua liderança, você dá às pessoas uma razão para questionar os seus motivos. Isso não significa que pastores não podem ser compensados de forma generosa. Simplesmente significa que temos que verificar os motivos do nosso coração como líderes para evitar qualquer pergunta sobre por que estamos fazendo o que fazemos.
 
 
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Uma Inferência Maligna, uma carta se pudesse e chegasse ao Sr. J.R Guzzo




Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno.
Jesus Cristo Mt 6: 37

Inferência. S.F _Consequência, dedução, ilação ou dedução
ma.lig.no adj. 1. Que tem propensão para o mal; mau, maléfico. 2. Danoso, pernicioso, nocivo.
  
Li com calma e atenção para depois digerir com ainda mais calma e mais atenção o artigo do colunista J.R. Guzzo chamado “Pensamento Simples” publicado na revista veja de 07 de Agosto de 2013.
Mais uma vez percebo o quanto Palavras não são apenas palavras ou nada mais que palavras como dizia o personagem hilário de Chico Anísio. Palavras, mais que isso, são poderosas armas que tanto podem ser usadas para o bem como para o mal, para promover a paz ou a guerra e por isso devem ser usadas com cautela e, quando nos couber interpretá-las, com mais cautela ainda.
Sou Bispo Anglicano em Recife, pregador das palavras de Jesus Cristo e depois de mais de 30 anos de vida cristã intensa sei o que se pode fazer com esses vocábulos e como é meticulosa a arte de interpretá-las. Muito se diz das palavras de Jesus Cristo e especialmente do que se conhece como Sermão do Monte. Pois bem, o Sr Guzzo ousou interpretá-las à luz de uma visão jornalística talvez, mas sem o mais raso conhecimento do que estava dizendo proferiu tolices e feriu a mensagem do evangelho.
Não vou citar todo o artigo claro, mas uma particular inferência maligna feita por ele, que distorce as palavras ditas pelo carismático Bispo de Roma, Papa Francisco em recente viagem ao Brasil. Disse o Papa :
“ Se uma pessoa é gay, procura o senhor  e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?”
Agora a inferência o Sr. Guzzo: “Mas o que vale, mesmo, é a essência de sua convicção: sim afirmou o papa, a pessoa pode ser gay e cristã ao mesmo tempo. Por que não? É o contrário do que sustenta há séculos a doutrina da igreja, numa resistência teimosa, mesquinha e inútil á liberdade dos costumes no mundo de hoje”
           Sr Guzzo, procuro pela afirmação desse papa dizendo o que o sr. Inferiu e não encontro. Quando um cristão diz “quem sou eu para julgar?” ele não está dizendo que concorda com qualquer coisa dita antes, apenas seguindo o que Jesus mesmo disse.. não julgueis para não seres julgados. A palavra original dita aqui como julgar tem a ideia de uma crítica amarga e injusta podendo-se referir a um julgamento divino, o que não temos a capacidade de emitir.
            Sr Guzzo, o que o Sr. fez foi inferir e sua inferência se mostrou maligna, não porque o Sr. seja maligno , mas porque a forma como foi dita, tornou-se danosa, pareceu perniciosa e, sem duvida alguma foi nociva ao conceito cristão e ao sentido das palavras do Papa.
            Eu poderia inferir que todos os parlamentares do PT, além de socialistas convictos, são idôneos  porque assinaram o código de ética do Partido dos trabalhadores e sua declaração de princípios. Mas, não foi isso que a história recente no mostrou.
        O Sr, Guzzo disse ainda: “ eis aí o desafio real da igreja católica  de hoje: aceitar como cristã toda pessoa que viva com decência, tenha valores e se comporte segundo um código moral. Está tudo explicado no sermão do monte, o texto mais importante do evangelho”
          Não Sr. Guzzo as coisas não são bem assim. O cristianismo é uma contracultura desde a sua mais remota origem, ele nunca se alinhou com o discurso politicamente correto nem com os costumes de qualquer época. Um cristão é conhecido, não por “se comportar segundo um código moral”, mas por se adequar ao código moral da Bíblia Sagrada. O Código moral de Hamurabi, o mais antigo conhecido dizia “Olho por olho dente por dente” e um cristão, segundo Jesus, deve amar seu inimigo.. Isso dito no mesmo sermão do monte que o senhor novamente, citou. Além disso, existe uma variedade enorme de comportamentos que se encaixam nessa expressão viver com decência.   
           Por fim, o Sr. Se esqueceu de citar também as inúmeras vezes que o Papa citou o valor do casamento heterossexual e a malignidade daqueles que se levantam contra esse padrão. Apenas coloco citação da REVISTALADOA : quando da luta da igreja pela não aprovação da união homo afetiva na Argentina recentemente. 
“Aqui também está a inveja do Demônio, através da qual entrou o pecado no mundo, que de modo arteiro pretende destruir a imagem de Deus: homem e mulher receber o mandato de crescer, multiplicar-se e dominar a terra. Não sejamos ingênuos: não se trata de uma simples luta política. É a pretensão destrutiva ao plano de Deus. Não se trata de um mero projeto legislativo (este é meramente o instrumento), mas de uma “movida” do pai da mentira que pretende confundir e enganar os filhos de Deus
            Nenhum cristão tem o direito de julgar quem quer que seja, mas todo cristão tem o dever de ter sua opinião formada e forjada nas palavras da Bíblia.
            Sr Guzzo, Inferir é algo muito arriscado, as Palavras devem ser tratadas com cautela e quando da próxima vez,  tentar interpretar as palavras do Santo Padre ou de qualquer pessoa, seja mais cauteloso.

+Miguel Uchoa
Bispo Anglicano

Recife PE

terça-feira, 2 de julho de 2013

Plebiscito, Constituinte... Subterfúgios que invertem o processo democrático.. Puro engodo




Plebiscito, Constituinte...
Subterfúgios que invertem o processo democrático.. 
Puro engodo

Não sou um cientista político, nem articulista dessa área, mas graças a Deus sou um cristão que mesmo nadando em uma contracultura cristã, tenho aprendido que a política é algo que nunca pode se desgarrar de mim sob pena de eu me desgarrar da realidade

O Brasil elegeu mais de seis centenas de parlamentares para legislarem sobre aquilo que é mais importante para a nação. Eles custam uma fortuna para a nação, um dos maiores custos do planeta em se tratando de parlamentares. Eles se colocaram lá com propostas até revolucionárias para a nação, eles são pagos, e bem pagos para fazer isso...

O povo vai para as ruas, os políticos tremem com um gigante que parece, estava adormecido. Acordado, e de fato parece acordou, todos os assuntos são alvo de uma manifestação. 30 pessoas se juntam escrevem cartazes e pronto, está feito o protesto. Pra nós que queremos passar, precisamos mobilidade,  é  verdade incomoda, muitos criticam, acham um absurdo, mas sinceramente entendo como atos de uma demanda extremamente reprimida. Paciência, é o que se tem com uma criança que acorda... assim deve ser.

A PresidentA, aparentemente acordou e chama sua liderança para tomar providencias, os ministérios devem fazer o que está programado... sim, e o que eles estavam fazendo até agora? Uma coisa por certo faziam, CAMPANHA, isso estavam fazendo muito bem, omitindo índices, subestimando a inflação e achando que a gloriosa copa das confederações seria um excelente palanque para 2014, ledo engano, o tiro sai pela culatra e o povo faz com que a presidentA acorde com uma vaia cívica de mais de 70 mil brasileiros. ,

No país do futebol, onde eu mesmo já disse varias vezes e escrevi outras, que temos mais torcedores que patriotas, o patriotismo começa ainda que modestamente, a ressurgir ao ponto de milhões de pessoas dizerem em alto e bom tom que não precisamos de Copa do Mundo, precisamos de hospitais, escolas de qualidade, segurança, transporte publico de qualidade e acima de tudo um país onde nossos legisladores, e governantes sejam simplesmente honestos e a corrupção possa um dia, oxalá em breve, fazer parte da história e assim aniquilada do presente.

Surge a “Brilhante” ideia do plebiscito, se ameaça até convocar um assembleia nacional constituinte! Sinais de que a liderança está perdida, não sabe o que fazer, tenta desviar a atenção do centro da questão... elegemos vocês para governarem bem, vocês disseram que governariam bem, mostraram seus planos e, de alguma, forma aceitamos eles.

Não nos venham encher de responsabilidade nos convocando para uma sugestão de reforma política, como disse um colunista “isso seria como a família  dizer ao médico que remédio deve ser dado ao paciente que está em um UTI”  pura demagogia lançar sobre uma população que lamentavelmente é desinformada, despreparada para isso e para outras coisas, por consequência de uma ausência de educação em uma nação que é a 6ª ou 7ª economia do planeta e que é colocada entre as ultimas posições no mundo nessa área, e que quando mostra melhora se alavanca com o índice do aumento de alunos que ingressam nas escolas, mas que importa ingressar em escolas que nada ensinam.

Diga-se de passagem, toda essa desinformação sempre foi útil ao sistema que parece copiar o que um dia tanto criticou.  Construir estádios de 1,5 bilhões em cidades onde juntando todo o público presente em todos os jogos do campeonato local de todo o ano não conseguiria encher esse mesmo estádio em um só evento, mostra que algo está errado edificando-se ali um templo do nada. Que fique marcado como obra faraônica semelhante aos imensos prédios da Europa oriental que hoje são símbolos de uma visão estatizante ultrapassada e acima de tudo “burra”.

E o mané são aqueles que olham para este templo e se orgulham e não aquele, o das pernas tortas que encantou o mundo com seus dribles fantásticos. Isso mostra que é insensatez achar que o povo poderia ser enganado e não perceberia isso.

Como disse um ministro do TSE ... o executivo não tem papel nesta matéria.. , chamar plebiscito, mas ela joga a bola para o congresso sabendo muito bem o congresso que tem, sabe que o que ela diz é matéria praticamente aprovada, especialmente quando se trata de interesses que vão além do Estado

Por isso que não sou eu quem está dizendo que plebiscito é golpe, golpe estratégico, populista, é jogar para a torcida a responsabilidade de escalar o time. E, se a presidentA disse que o padrão do governo dela é padrão Felipão, então escale ela o time, dirija a nação, lidere sua equipe, limpe tudo isso porque se Felipão escutasse a torcida, esse caneco conquistado domingo provavelmente estaria nas mãos de outros.

Já se percebeu que o segundo palanque montado para 2014 não será nem delA , nem de quem quer que seja, esse será o palanque do povo brasileiro que vai escrever a história eletronicamente, nas urnas.