quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Ópio De Uma Nação, um turbilhão de ilusões


“Tudo sem sentido! Sem sentido!”, diz o mestre. “Nada faz sentido! Nada faz sentido! Ec 12: 8

Passou a folia, foram os sonhos, e... ficou a realidade... a lembrança da folia de momo , é triste, depressiva e onerosa, ilusões alimentadas, gastos indevidos e uma alegria que dista da felicidade tanto quanto o oriente do ocidente.
Em tudo isso me chama a atenção que toda a festa, toda a alegria , todas as manifestações das pessoas seja com atitudes mascaradas seja com máscaras de atitudes podem, e acontecem, dentro de toda a aceitação. Mas, atente, se acontecerem dentro destes longos e entediados 4 dias de folia.
Nestes dias , como disse o anuncio : tudo é válido! Cada um ganha a coragem para agir, dizer e viver da maneira que bem entende, mas no raiar da 4ª feira chamada ingrata os clarins anunciam que é hora de calar, voltar a timidez, recuar para o recatado, agir com sobriedade e viver a normalidade da vida.
Talvez você nunca tenha se dado conta da letra de uma das mais conhecidas canções de carnaval que existe. Pois bem preste atenção na famosa canção Turbilhão, interpretada tão bem por Moacir Franco.

A nossa vida é um carnaval

A gente brinca escondendo a dor

E a fantasia do meu ideal

É você, meu amor

Sopraram cinzas no meu coração

Tocou silêncio em todos clarins

Caiu a máscara da ilusão

Dos Pierrots e Arlequins


Vê colombinas azuis a sorrir laiá

Vê serpentinas na luz reluzir

Vê os confetes do pranto no olhar

Desses palhaços dançando no ar

Vê multidão colorida a gritar lará

Vê turbilhão dessa vida passar

Vê os delírios dos gritos de amor

Nessa orgia de som e de dor


Como cristãos, não precisamos brincar para esconder a dor e, nosso ideal não é uma fantasia, muito menos o nosso amor... não temos razões para agir como não somos e extravasarmos em um comportamento o que escondemos, para vivê-lo em 4 dias anuais de nossa vida. Você entende? Essa festa, não é a festa da alegria, mas a festa de uma falsa realidade, um analgésico na alma, um calmante no ser.
Karl Max disse que a religião éra o ópio do povo, mas ele somente disse isso porque não conheceu e nunca esteve no Brasil durante a folia de momo, porque esse, meus queridos(as) é o verdadeiro ópio da Nação Brasileira.
Miguel Uchôa

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