sábado, 12 de março de 2011

Uma Leitura Importante

A leitura é algo indispensável na vida de uma pessoa que deseja desenvolver uma mente e acima de tudo uma mentalidade apurada, atualizada e aprofundada. Naturalmente isso levará, sem desvios, a uma vida que se antena com o mundo e a sua realidade. Tenho lamentado profundamente o desinteresse dessa geração pelo hábito da leitura, o que a está levando a uma grande possibilidade de alienação de semelhante intensidade. Essa geração, chamada de geração X, está crescendo assim,para nosso lamento.

Acabo de ler o livro de Paulo Cavalcanti, 1o volume " O caso eu conto como o caso foi, ladrão é ladrão e boi é boi" CEPE editora. O autor coincidentemente é meu primo legitimo, na realidade primo de meu pai,ou seja o pai dele era meu tio avô. Após a leitura posso dizer que me orgulho de ter em minha estirpe familiar gente como ele, ao mesmo tempo em que lamento, não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.

Uma leitura de memórias políticas dele mesmo e que envolve a história política de Pernambuco desde a coluna Prestes até a queda de Arraes. Narrativa bem arquitetada que leva o leitor a imergir na história, conhecer os nomes dos ícones que construíram a nossa história. Trechos emocionantes como a prisão e a tortura de Gregório Bezerra, grande herói de nossa história e
massacrado, torturado pelos instrumentos da repressão que derrubaram os governos legalmente
eleitos e democráticos de Miguel Arraes ( estadual) e Pelópidas Silveira (municipal).

O caso, ele contou e cumpriu o seu papel, o problema é fazer com que essa geração que não ouve, porque não lê, conheça um pouco mais de sua história
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Miguel Uchoa

Um comentário:

Giu disse...

Pastor, que ótimo seu texto sobre o livro de Paulo Cavalcanti. Fiquei maravilhada de saber sobre sua proximidade familiar com ele (é parece que essa coisa de "querer mudar o mundo" é de família né? - risos). Eu tive que ler o livro de Paulo, por causa do meu trabalho: sou historiadora e estudo o período imediatamente anterior ao Golpe de 1964. Mas devo confessar que muitas vezes eu me via envolvida com a escrita dele - o que dificultava meu trabalho, já que, enquando historiadora, eu devo manter uma distância do meu objeto de estudo, neste caso um livro de memórias. Mas estou tentando (risos). Excelente leitura sim! E se gosta de memórias deste período, indigo as de Gregório Bezerra, o vol. 2 fala do flagelo que ele sofreu quando houve o golpe de 1964. Pax!!