segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Trecho da Mensagem "cada filho é singular" 3a da série "Ensina teu filho" na PAES domingo 24.10.2009


Me digam se vocês já ouviram esta frase algum dia? Meu Deus porque esses meninos são tão diferentes se eu os criei do mesmo jeito, da mesma maneira, com o mesmo tratamento, mesmo amor, na mesma igreja, mesmos amigos etc...
Já ouviram isso? Pois bem.. deixe eu dizer algo a você que talvez você nunca tenha atentado. Talvez esse seja um de nossos maiores equívocos? Qual? Criá-los da mesma forma! Claro que o amor deve ser o mesmo, a atenção a mesma, mas para cada criatura existe algumas particularidades que devem ser bem percebidas caso contrário estaremos tentando nivelar o que não se pode.
Pois bem, por isso eu quero hoje, na 3ª mensagem desta série " ensina teu filho", falar sobre “ Criando filhos singulares” esteja atento(a) hoje você pode sair daqui com dicas importantes..


1. Preciso discernir que existe singularidade nos temperamentos
Não é verdade isso? Você já discerniu? Ótimo, mas como você age com cada um deles? Uma das coisas que podemos fazer é isso preste atenção
Fuja dos rótulos
Rótulos existem para aquelas coisas que são produzidas em série, latas de cerveja, garrafas de refrigerantes , remédios e tantas outras coisas seguem assim , com rótulos. Elas estão em uma prateleira e você pega qualquer uma delas e usa, simplesmente porque o que há em uma há em todas as outras 100 mil daquela série.
As vezes agimos com nossos filhos como se eles tivessem vindo de uma produção em série, o risco disso é tratar todos eles da mesma forma, dizer as mesmas coisas, abordar de um mesmo jeito e estamos fazendo isso com criaturas que percebem as coisas de uma maneira as vezes, totalmente diferente!
Não esquecendo que muitos dos comportamentos que eles assumem são temporários fazem parte de uma fase transitória e quando rotulamos eles assumimos o risco de tornar aquilo um fardo permanente. Coisas do tipo : Maria é chorona, Paulo é um menino difícil, Carlos é o mais inteligente, Tiago é o bagunceiro, Júlia está sempre doentinha, Lucas é atrapalhado e por ai vai.
Mas existe algo mais grave, muitas crianças tem dificuldade de se livrar das algemas que lhe são colocadas e consideram mais fácil adaptarem-se às características que os pais insistem em classificá-las, desistindo de buscar novas alternativas ou de tomar iniciativas para se livrarem do rótulo. Afinal, se os pais decidiram que é assim, assim será.
E perceba isso, não estamos ressaltando apenas os absurdos rótulos pejorativos de “bobo, desastrado, imaturo, incapaz” e tantos outros, qualquer rótulo é prejudicial, principalmente quando se torna recorrente. Até mesmo rótulos considerados positivos podem ser um peso excessivo para a criança. Por exemplo, uma garota de oito anos que era a certinha, a inteligente, a menina perfeita. Até a professora assumiu estas características como um exemplo a ser seguido por todos os demais, e todo dia era a mesma ladainha: “vejam as notas excelentes, o comportamento impecável”. Assim, a menina nunca teve a chance de fazer algo errado entendendo-se aqui o “errado” como coisas típicas de uma menina de oito anos, pois tinha sido, sem escolha, eleita como modelo.
Rotular é limitar, é determinar características que provavelmente não serão duradouras ou definitivas. Rótulo é para embalagem de produtos, mas é preciso lembrar que crianças não são produtos para consumo
Abandone as comparações sistemáticas
Acho que ninguém nunca ouviu isso, mas, em todo caso...
“.. na sua idade eu já estava com 3 filhos e trabalhando..”
“ veja como sua irmã faz..”
Especialmente porque os tempos mudam as coisas ganham outro sentido... no meu tempo haviam palavras que mudaram de significado por ex.
Namorar ( 70´s 80´s) – ir duas vezes por semana na casa da namorada
Namorar (90´s 00´s) – se encontrar todos os dias na rua, na escola, na faculdade, na noite,na balada, na casa dos pais, na praia, dormir na casa dele(a), morar juntos etc...
Ficar (até os 90´s) – frase usada por D Pedro I quando não teve opção e porque aqui era melhor, tinha praias quentes e mordomia ele resolveu ficar no Brasil. Diga ao povo que fico...
Ficar ( oo´s) – Vide namorar nos anos 90´S)
Comparar, se for eventual e com propósito pode ser positivo, mas nunca dessa forma, que via de regra é pejoritária e negativa... Fiz uma pesquisa e retirei esse depoimento,veja isso:
Meu maior problema é o relacionamento com minha mãe. Sou a filha do meio Tudo que faço é comparado com a irmã mais velha ou a mais nova. Isso me deixa sem personalidade, e o pior, eu já não sinto tanto carinho pela minha mãe. Recebo mais carinho e compreensão de amigos do que em casa. Às vezes acredito que nasci sem ser desejada
É importante que cada pessoa tenha a certeza de que ela é singular e isso faz bem.. Deus nos trata assim, de maneira singular, Ele faz algo comigo que não faz da mesma maneira com você e isso se dá devido a nossa maneira única de ser e pela compreensão de um Pai perfeito e compreenssivo... esse é nosso exemplo
Respeite as limitações individuais
Dentro dessas comparações, vem a incompreensão pelas limitações de cada um, você tem maturidade suficiente para não ser algoz de seu filho e sim um colaborador em seu crescimento
você tem maturidade suficiente para perceber suas limitações, basta olhar para a sua própria vida e crescimento. Você tem muito a ensinar a seus filhos sem ser necessário explorar a suas limitações. Ao contrário devemos compreendê-las e fortalecê-los a partir do conhecimento dessas limitações. Se eles tem limitações em relacionamento que ajude ele a se relacionar, se tem limitações em aprendizado, não adianta ficar chamando ele de Burro, e sim investir tempo ajudando-o a aprender de outras formas... Veja o que diz a Bíblia nesse particular
E todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e a paz de teus filhos será abundante. Is 54:13
Filhos ensinados do Senhor são filhos ensinados com amor e compreensão assim como Deus nos ensina, sem rótulos, sem comparações e em tudo, compreendendo nossas limitações.

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